domingo, 15 de abril de 2007

MANIFESTO MAFRA XXI

O Movimento Mafra XXI é um grupo informal de cidadãos residentes no Concelho de Mafra que tem por objectivo reflectir sobre o futuro da terra e sobre as possíveis vias para o seu desenvolvimento social e económico.

Mafra é hoje um Concelho em viragem e acelerada mutação. Fruto das mudanças que se foram sentindo um pouco por todo o país nos últimos anos, o Concelho enfrenta novos problemas e desafios, que exigem respostas inovadoras e originais. A criação de infra-estruturas e o desenvolvimento de vias que permitem uma mais rápida mobilização de pessoas para dentro e para fora do Concelho, traz consigo novas questões para as quais temos de procurar dar resposta.

Na encruzilhada entre um Concelho mais rural e afastado do centro urbano e um concelho em acentuado crescimento populacional, os cidadãos de Mafra procuram hoje um novo tipo de cosmopolitismo onde, não querendo perder os benefícios da tranquilidade e de uma qualidade de vida superior em termos ambientais e sociais, reclamam ao mesmo tempo, o acesso aos bens menos tangíveis que se tornaram apanágio neste início de século, como o acesso à cultura, à educação, à cidadania e apoio no desenvolvimento das suas actividades económicas. E muito estará ainda por vir. Com a construção do novo Aeroporto da Ota a uns escassos 50 Km do nosso Concelho, novas e infindáveis potencialidades se abrem.

É neste contexto que o Movimento Mafra XXI pretende levar a cabo a sua acção, contribuindo para o debate das novas questões que preocupam os Mafrenses. Que visão temos para o futuro do nosso Concelho? Qual o seu papel no distrito de Lisboa? E no país? Como podemos conciliar desenvolvimento económico e qualidade de vida? Como atrair recursos humanos qualificados para Mafra? E como podemos nós fazer de Mafra um centro de desenvolvimento económico, gerador de riqueza e de emprego para os Mafrenses? Passará pela construção de um Pólo Universitário? Pela instalação de incubadoras e de ninhos de empresas de base tecnológica? O que tem Mafra a oferecer para captar tais investimentos? E qual o impacto destas mudanças nos costumes e tradições das pessoas da terra? Qual o papel das associações locais e como podem ser envolvidas? Estas são apenas algumas das questões que queremos ver tratadas.

Caro Mafrense, se sente que estas são também algumas das suas preocupações, junte-se a nós e traga-nos as suas dúvidas, inquietações e pontos de vista.

Vamos estar perto de si e contamos com o seu contributo!

1 comentário:

jpgn disse...

Boas.

Excelente iniciativa. Parabéns!

Agora é preciso criar condições para que cresça, atrair colaboradores, dinamizá-la e fazer dela uma ferramenta que não deixe a autarquia indiferente.

E também é preciso que saia da blogosfera e vá ter com as pessoas, e não ficar à espera que estas venham ao Movimento!

É preciso o empenho da população para "controlar" o concelho, evitar atentados praticados à qualidade de vida e promover acções de esclarecimento, culturais, sociais e desportivas.
Isto é possível, desde que haja o empenho de todos e que o Movimento assente em bases plurais, sólidas e credíveis! É difícil em Mafra, como o é em qualquer lugar em que haja um poder instituído. Mais difícil é quando esse poder mostra trabalho. Mas nem por isso se tornam desnecessários estes Movimentos!
Talvez optando pela via da colaboração em vez do confronto, se obtenha melhores resultados!


A meu ver, Mafra tem 1 grande problema: o crescimento e fixação de pessoas.
A nível social, cultural ou desportivo, creio estar a ser feito um trabalho positivo.

O problema do crescimento, à parte de alguns atentados ao bom-senso, é estar a ser seguído o caminho sub-urbano de dormitório. Empreendimentos como a Quinta das Pevides são disso um bom exemplo. O grosso dos seus habitantes irão entrar e sair daquele nó de AE direitos de casa para o trabalho, em Lisboa, e regresso. Irão passar semanas sem entrar na vila, e não irão trazer nada de novo e positivo nem socialmente nem economicamente!

O crescimento de Mafra não devendo descurar os munícipes pendulares, deve ser orientado para a fixação das pessoas.
Um pólo tecnológico e empresarial é fundamental. Mas não se poderá esperar o aparecimento ou vinda de empresas com o estado deplorável em que se encontra o NEM, nem sem a sua dinamização!

Mais importante é a mudança de mentalidades das empresas.
Mafra não está longe de Lisboa, e não se encontrando aqui condições atractivas torna-se difícil fixar as pessoas. A qualidade de vida não pode servir de moeda de troca com a qualidade profissional!
A mentalidade também tem que mudar no que respeita à formação, à qualificação das pessoas. Se queremos fixar cá, aqueles que diariamente se deslocam para Lisboa, que serão nas sua maioria quadros médios/superiores (os outros não têm dinheiro para as deslocações), a mentalidade das empresas terá de mudar deixando de apostar na mão-de-obra barata e não-qualificada, deixando de apostar no "desenrancanso"!

Este movimento também poderá contribuir para essa mudança de mentalidades!

Mafra atravessa um momento de profundas alterações, determinantes para o seu futuro. São as decisões de hoje que irão ditar o dia de amanhã.
Os exemplo dos concelhos e vilas que rodeiam a capital não devem ser descurados. Mafra tem, ao contrário de muitos deles, capacidade para ser a diferente!
Este é o desafio que temos pela frente. O esforço de todos, autarquia, empresas e população, é essencial para o vencermos!